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Surto de pneumonia na China faz OMS pedir informações

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse, nesta quarta-feira (22), ter pedido “informações detalhadas” de autoridades da China a respeito de relatos sobre um surto de pneumonia em crianças no país. Os casos foram registrados em diferentes cidades e levaram um programa de vigilância da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas a emitir um alerta expressando “preocupação”.

Até esta quarta, não havia informações sobre mortes, mas houve um aumento abrupto das internações de crianças em Pequim e Liaoning, cidades que ficam a 800 quilômetros de distância uma da outra. A OMS informou que o aumento na incidência de doenças respiratórias em território chinês foi relatado pela Comissão Nacional de Saúde no dia 13 de novembro.

Para justificar o surto, as autoridades locais associaram a alta dos casos à suspensão de restrições contra a Covid-19 e ao aumento na circulação de agentes infecciosos já conhecidos, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e SARS-CoV-2, entre outros.

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Segundo a OMS, alguns meios de comunicação e o Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes (ProMED) da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas relataram “clusters” de pneumonia não diagnosticada em crianças no norte da China. Os clusters são o agrupamento de casos semelhantes de uma doença em determinada região geográfica e período de tempo.

Por causa disso, a entidade diz que “solicitou informações epidemiológicas e clínicas adicionais, bem como resultados laboratoriais desses clusters relatados entre crianças, por meio do mecanismo de Regulamentações Internacionais de Saúde”.

O alerta feito pelo sistema ProMED, da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, foi enviado na última terça (21) e resume uma reportagem publicada pelo site FTV News, que é um veículo de notícias taiwanês. Além do resumo, o ProMED traz um comentário de Dan Silver, relator do sistema, que diz ser cedo para associar o cenário ao surgimento de outra pandemia.

– [Os relatos sugerem] um surto generalizado de uma doença respiratória não diagnosticada em várias áreas na China, pois Pequim e Liaoning estão quase 800 quilômetros distantes [uma da outra]. Não está claro quando esse surto começou, pois seria incomum tantas crianças serem afetadas tão rapidamente. O relatório não menciona que adultos foram afetados, sugerindo alguma exposição nas escolas – completou.