Turismo

Brasil é o 6º país que mais gasta dinheiro em viagem nos Estados Unidos

Brasileiros são a sexta nacionalidade que mais gasta em turismo nos Estados Unidos, com despesas na casa de US$ 6,3 bilhões (cerca de R$ 32 bilhões) no ano retrasado. Só os vizinhos Canadá e México, além de Reino Unido, China e Japão (nesta ordem) estão à frente do país nesse quesito. Alemanha, Austrália e França estão atrás.

Os dados são do Departamento de Comércio americano, que ainda não tem números atualizados para o ano passado.

Se considerarmos que os Estados Unidos arrecadaram US$ 165,5 bilhões com despesas de turistas de todos os outros países em 2022, seria o mesmo que dizer que a cada US$ 100 dólares gastos por um estrangeiro ali, US$ 3 foram desembolsados por brasileiros.

Como o levantamento se refere a um período em que a pandemia ainda afetava o turismo, a expectativa é que esses números cresçam exponencialmente. Para 2025, por exemplo, a estimativa é que brasileiros mantenham a sexta posição, mas com gastos já na casa de US$ 117 bilhões, ou R$ 593 bilhões.

Tanto na Flórida como em Nova York, que são os dois estados americanos que ano após ano mais atraem visitantes do país, o Brasil está entre as quatro principais nacionalidades.

Pela cidade de Orlando, por exemplo, passaram 696 mil brasileiros em 2023, atrás apenas de 1,2 milhão de canadenses e 877 mil britânicos. Já na cidade de Nova York, brasileiros são a quarta nacionalidade, com 637 mil turistas, perdendo apenas para Reino Unido, Canadá e França. Os dados foram divulgados em Los Angeles, durante a IPW, maior feira do setor turístico americano.

Durante o evento, ficou evidente a queda de braço entre as instâncias de turismo e a de segurança dentro do governo americano. Isso porque a demora para concessão de visto a cidadãos de países como Índia, China e, é claro, Brasil, ainda é um entrave para aumentar o afluxo de visitantes.

“Para haver um crescimento no número de visitantes necessitamos de um foco do governo e a indústria voltado a esses entraves e a formas de melhorar o processo para viajantes”, disse Geoff Freeman, presidente da U.S. Travel, associação responsável pela promoção do turismo nos Estados Unidos.

Ele também citou as longas filas na imigração e o congestionado sistema de controle aéreo como outros gargalos num painel que contou que contou com a presença de integrantes dos departamentos de segurança interna e segurança dos transportes do governo americano.

Na próxima década, os Estados Unidos sediarão eventos importantes que devem trazer grandes afluxos de turistas, como a próxima Copa do Mundo, em 2026 —no mesmo ano em que o país comemora os 250 anos de sua independência—, e a Olimpíada de 2028, que ocorrerá em Los Angeles.

O jornalista viajou a convite da IPW, da Latam e da Delta Airlines

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