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Que país é esse?: O poderio das organizações criminosas se agiganta no Equador

Um dia depois de declarar estado de emergência de 60 dias em todo o país devido à violência deflagrada por gangues, o presidente do Equador, Daniel Noboa, assinou um decreto executivo nesta terça-feira (09), com medidas para conter o conflito armado interno.

“Ordenei às Forças Armadas que realizassem operações militares para neutralizar esses grupos”, escreveu Noboa em sua conta na rede social X, onde compartilha o decreto em questão, identificando os grupos criminosos, que ele definiu como “organizações terroristas e atores não estatais beligerantes”.

A situação, aparentemente, saiu de controle e atemoriza a sociedade equatoriana. O Equador, desde que optou pela linha golpista patrocinada pelo lawfare para banir políticos contrários aos interesses dos EUA no continente, percorreu caminhos para se tornar um drama latino-americano. A violência explodiu, mas é apenas um pedaço do conjunto de uma obra trágica.

Entenda o caso 

O Equador está imerso em uma escalada de violência armada com carros-bomba, incêndios em postos de gasolina, tomada de reféns, até mesmo em Quito, capital do país. Autoridades confirmam pelo menos 8 mortes no último dia, por ação dos grupos criminosos. A mídia fala em guerra civil.

A violência armada descontrolada em curso eclodiu depois que o traficante de drogas mais perigoso do país, José Adolfo Macias Villamar, conhecido como Fito, escapou da prisão regional de Guayaquil no domingo. O líder da gangue Choneros ganhou destaque no ano passado, após o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio durante a campanha eleitoral.

De facto, desde segunda-feira (08), quando foi decretado o estado de emergência pelo Presidente Noboa, a violência intensificou-se.

Esta é a primeira grave crise enfrentada pelo novo governo equatoriano pela qual enfrenta uma enxurrada de críticas.

Ousadia do crime

Nesta terça-feira, o país viveu momentos de tensão com o sequestro de guardas penitenciários em prisões. As autoridades chegaram a confirmar que 139 funcionários administrativos e de segurança foram tomados como reféns em cinco prisões: CPL Azuay N°1, Cañar N° 2, Napo N°1, Tungurahua N°1 e Cotopaxi N°1.

No total, foram retidos 124 guardas e 14 funcionários administrativos. Durante o dia, grupos armados atacaram as instalações da TC Televisión, durante um programa ao vivo. A situação cujo controlada pelas autoridades e após a prisão dos criminosos.

O ex-presidente Rafael Correa denunciou durante uma entrevista na televisão o aumento vertiginoso da violência e lamentou o fracasso de sucessivos governos no Equador em criar segurança para os cidadãos.

A situação levou o primeiro-ministro do Peru, Alberto Otárola, a declarar toda a fronteira norte em estado de emergência.

Otárola prestou solidariedade ao país vizinho diante dos últimos acontecimentos e afirmou que a polícia peruana está reforçando “as medidas de segurança na zona fronteiriça”. 

*Da Agência Fonte Exclusiva com informações da Hispantv e Sputnik News. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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