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Médico diz que Anvisa tem barrado remédios; órgão nega

Um médico que atua na ajuda aos afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul compartilhou um vídeo nas redes sociais, nesta quarta-feira (8), no qual disse que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estaria dificultando a entrada de medicamentos no estado por causa de trâmites burocráticos. O órgão, porém, negou ter efetuado qualquer restrição ao transporte de remédios.

No vídeo em questão, o médico Victor Sorrentino afirma que medicamentos não estariam conseguindo chegar em razão de uma “imensurável burocracia” por parte da Anvisa. De acordo com ele, muitos aviões com medicações estariam parados em aeroportos.

– Anvisa, você precisa flexibilizar urgentemente as normas, para que as medicações consigam ser transportadas para o Rio Grande do Sul, sem essa imensa, imensurável burocracia. Os aviões particulares não estão conseguindo trazer, são medicações e mais medicações paradas nos aeroportos, com o que nós estamos comprando – diz.

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O médico disse ainda compreender a necessidade da burocracia para transporte de medicamentos, mas disse que esse não seria o momento de ser rígido com o envio de remédios que podem ser essenciais para salvar vidas de pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

– Concordamos [com a burocracia], mas não no estado em que estamos, porque senão nenhum avião particular, nenhuma aeronave particular, vai conseguir transportar esses medicamentos, porque elas não têm a licença, elas nunca transportaram quantidades de medicamentos que nós estamos comprando – afirma.

Após a publicação de Victor, a Anvisa divulgou uma nota na qual negou a informação de que estaria proibindo a entrada de medicamentos doados para atender as vítimas da calamidade provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. No comunicado, a agência disse não ter efetuado qualquer restrição ao transporte de remédios destinados ao estado.

– A Anvisa reforça ainda que está cumprindo com o seu compromisso de trabalhar em prol da segurança sanitária e acompanha a situação emergencial de perto, em contato direto com as autoridades federais, estaduais e municipais. Dessa forma, atua para atender qualquer excepcionalidade necessária para amenizar os danos causados pela enchente – disse o órgão.

Também nesta quarta, a Anvisa divulgou que adotou algumas medidas excepcionais para o enfrentamento da calamidade, mas não exatamente em relação a normas sobre transporte de medicamentos. Uma das regras aprovadas foi a permissão de que medicamentos sujeitos à Notificação de Receita sejam adquiridos de forma mais simplificada, com Receita de Controle Especial.