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Google vai impedir impulsionamento de conteúdo político por medo de punição

De acordo com o Poder 360, o Google vai impedir impulsionamento de conteúdo político nas eleições deste ano. A decisão deve ser anunciada nesta quarta-feira e entra em vigor no dia 1º de maio. A empresa tomou a decisão devido a mudanças nas regras do TSE, as quais seriam impossíveis de serem cumpridas.

A empresa tomou a decisão porque não consegue atender às mudanças do artigo 27-A da resolução 23.732, de 27 de fevereiro, deste ano. Entre as exigências para conteúdo político impulsionado estão:

I — manter repositório desses anúncios para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência(perfilamento) da publicidade contratada;

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II — disponibilizar ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório.

A tecnologia para cumprir as determinações existe, no entanto, é cara e o prazo é curto. Para não correr o risco de ser punido devido alguma falha o Google optou por não permitir o impulsionamento do conteúdo político.

A exigência não é novidade, no entanto, o TSE ampliou o monitoramento.

“Para os fins desse artigo, caracteriza conteúdo político-eleitoral, independentemente da classificação feita pela plataforma, aquele que versar sobre eleições, partidos políticos, federações e coligações, cargos eletivos, pessoas detentoras de cargos eletivos, pessoas candidatas, propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionadas ao processo eleitoral.”, diz o texto do TSE

A publicidade do governo, em contrapartida, não será impedida, segundo TSE a limitação vale apenas para o que diz respeito às eleições municipais.

Segundo o Poder 360, desde que a resolução do TSE foi publicada o Google fez diversas reuniões internas para atender às determinações do Tribunal, no entanto, chegaram a conclusão de que é impossível cumprir a regra. Em função disso não viram outra saída senão impedir o impulsionamento de conteúdo político referente às eleições deste ano.