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Argentinos começam a votar no 2° turno da eleição presidencial

Os centros de votação na Argentina abriram às 8h deste domingo (19) para o segundo turno das eleições que definirão o presidente e o vice-presidente na disputa entre a chapa governista, a peronista União pela Pátria, e o opositor partido de direita A Liberdade Avança.

O candidato governista é o atual ministro da Economia, Sergio Massa, que concorre acompanhado do atual chefe da Casa Civil, Agustín Rossi. Do outro lado estarão os deputados opositores Javier Milei e Victoria Villaruel. A chapa vencedora comandará o país a partir de 10 de dezembro para o período 2023-2027.

Cerca de 35,8 milhões de argentinos estão aptos a votar neste domingo, com o voto sendo obrigatório para cidadãos de entre 18 e 70 anos e facultativo para maiores de idade e para adolescentes de 16 e 17 anos, bem como para residentes no exterior. Os candidatos à Presidência chegaram ao segundo turno depois que, na primeira rodada, Massa obteve 36,78% dos votos e Milei, 29,99%.

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Os argentinos que não votaram nesses candidatos têm agora que escolher um dos dois, razão pela qual as atenções estão voltadas para o voto em branco e o comparecimento às urnas em um domingo que cai no meio de um final de semana prolongado, uma vez que nesta segunda (20) é feriado na Argentina.

Na campanha presidencial, Massa buscou passar a ideia de que, no dia 10 de dezembro, começa uma nova etapa na Argentina, mesmo sendo o ministro da Economia de um país que em outubro atingiu uma inflação de 142,7%. Nos últimos meses, o político tentou se diferenciar da gestão do atual presidente Alberto Fernández e da figura da vice-presidente e ex-presidente Cristina Kirchner.

Milei, por sua vez, é um economista que se autodenomina libertário e insta o eleitorado a escolher entre “continuidade ou mudança”, depois de ter arrebatado esse mote da coalizão opositora Juntos pela Mudança, embora posteriormente tenha obtido o apoio da candidata perdedora desse grupo, Patricia Bullrich, e do ex-presidente Mauricio Macri.

O “outsider”, popularmente caracterizado como “el loco” por suas reações intempestivas, insiste que “é impossível uma Argentina diferente com os mesmos de sempre”, faz discursos contra “a casta política” e propõe corte nos gastos públicos e a dolarização da economia.

*EFE