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AGU aciona Pablo Marçal por suposta ‘fake news’ sobre as enchentes do RS

A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma ação judicial contra o influenciador digital Pablo Marçal por supostamente divulgar ‘fake news’ sobre o atendimento às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Na ação, o órgão pede direito de resposta por uma publicação em que Pablo Marçal afirma que as Forças Armadas estariam inertes em relação ao desastre natural. No pedido, a AGU afirma que pelo menos 12 mil homens da Marinha, Exército e Aeronáutica estão atuando para atender às vítimas das chuvas.

“Não se questiona, portanto, a capilaridade nociva de que se reveste um vídeo com conteúdo de desinformação, especialmente se produzido por alguém a quem a sociedade reputa possuir uma maior confiabilidade, em razão da popularidade que possui”, afirma a AGU na petição.

Como mostramos, ontem o governo federal iniciou uma ofensiva para tentar combater notícias falsas sobre a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Um dos principais alvos era, justamente, Pablo Marçal.

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na terça-feira, 7, que o governo federal vai pedir que a Polícia Federal (PF) investigue a divulgação de conteúdos falsos a respeito das enchentes no Rio Grande do Sul. O tema foi discutido durante reunião de ministros na “sala de situação” que o Palácio do Planalto criou para monitorar as ações no estado.

“Pedi que o ministro [Ricardo] Lewandowski (Justiça) desse uma entrevista à imprensa anunciando que vai pedir à Polícia Federal que abra procedimento, e que a AGU [Advocacia-Geral da União], junto com o Ministério da Justiça, irá acionar os órgãos competentes para consequente ação judicial e de responsabilização dessas pessoas”, disse Rui Costa.

Segundo o ministro, os militares que atual na região reclamaram que a divulgação de informações falsas no estado dificulta as operações de resgate.

Outra suposta notícia falsa que o governo vem combatendo é sobre a retenção de caminhões com donativos ao Rio Grande do Sul. Agentes da ANTT multaram caminhões que levaram donativos ao estado e isso foi visto por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma forma de intimidação. O assunto dominou o debate público nas redes sociais nos últimos dois dias.